A eliminação precoce da Seleção do Brasil na Copa do Mundo Feminina continua sendo um desafio para assimilar. O empate sem gols contra a Jamaica não apenas frustrou a busca pela primeira conquista, mas também destacou deficiências no rendimento em campo e divergências sobre a abordagem de Pia Sundhage. Agora, a atenção se volta para o que está por vir.
A estratégia envolve a aplicação da palavra mais proeminente nos últimos quatro anos, ou seja, respaldando as escolhas da sueca em suas convocações: renovação. Embora não se garanta a permanência de Pia no comando da equipe, é inquestionável que a preparação para a próxima Copa do Mundo, em 2027, se inicia no novo desafio da Olimpíada de Paris.
A combinação entre jogadoras experientes e novatas, consequentemente, continuará a ser vital nos Jogos Olímpicos. Com 37 anos, Marta declarou que não participará mais da Copa do Mundo, mas seu futuro na seleção até Paris permanece incerto. Kathellen (27), Luana (30), Andressa Alves (30), Adriana (26), Bia Zaneratto (29) e Debinha (31), por exemplo, foram figuras ativas durante o último ciclo, porém exibiram flutuações consideráveis durante o Mundial.
Na formação principal da defesa, Rafaelle (32) e Tamires (35) receberam boas avaliações. Contudo, é esperado que permitam maior espaço para novos talentos emergentes. Bárbara (35) e Mônica (36), portanto, receberam críticas por serem incluídas na lista de convocadas de Pia Sundhage para a Copa do Mundo, e é provável que as futuras estratégias da equipe brasileira não as considerem.
Seleção do Brasil de olho em 2027
- Quem não chega lá: Bárbara (35), Mônica (36) e Marta (37)
- Quem dificilmente chega lá: Rafaelle (32) e Tamires (35)
- Podem fazer parte do ciclo: Letícia (28), Kathellen (27), Luana (30), Andressa (30), Adriana (26), Bia (29), Debinha (31), Geyse (25), Gabi (26) e Antônia (29)
- A nova geração: Lauren (20), Ary (23), Kerolin (23), Camila (22), Tainara (24), Bruninha (21), Duda (22), Angelina (23), Ana(23), Nycole (23) e Aline (18)
Para novas jogadoras da Seleção do Brasil
A preparação visando a Copa do Mundo de 2027 tende a enfatizar ainda mais a conexão entre as categorias de base. A participação de Lauren na Austrália exemplifica esse esforço conjunto. Com formação em todas as etapas da seleção juvenil, a zagueira de 20 anos, portanto, mostrava que estava imune à pressão da competição, e isso ficou claramente evidenciado em sua destacada atuação contra a França.
— A estrada à frente não se apresentará sem desafios. Contudo, a comentarista Alline Calandrini destaca que a renovação é uma medida essencial nesse novo começo para a seleção do Brasil.
— Contribuir com outras jogadoras que estão se sobressaindo e demonstram potencial para a construção de uma nova equipe. Isso remete ao papel crucial desempenhado pelas categorias de base. Alline ressalta que o desafio dessas gerações é a lacuna que a modalidade ainda não conseguiu preencher: a ausência de um efetivo trabalho na base.
Na sua primeira participação como titular em uma Copa do Mundo, Letícia (28) efetivamente demonstrou as razões que a mantêm na posição para a seleção brasileira. Apesar da derrota diante da França, ela efetuou defesas importantes, evitando um placar ainda mais desfavorável, além de manter as jogadoras alertas. Isso, por sua vez, contribuirá para a experiência das novas integrantes do time.
Ary (23) não conseguiu sustentar o desempenho impressionante da sua estreia contra o Panamá, mas deixou claro seu potencial ofensivo, o que também se aplica a Geyse (25), Gabi (26) e Kerolin (23).
Completando o elenco que delineia a nova seleção brasileira, encontram-se a goleira Camila (22), a zagueira Tainara (24), as laterais Bruninha (21) e Antônia (29), as meias Duda (22), Angelina (23) e Ana Vitória (23), além das atacantes Nycole (23), afastada devido a uma lesão) e Aline (18).
